A fase que compreende a descontinuidade do aleitamento materno exclusivo e o início da alimentação complementar é repleta de inúmeros questionamentos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o aleitamento materno exclusivo às crianças com até seis meses de idade, sem que haja ofertas de água, chás ou quaisquer alimentos. Somente após esse período, recomenda‑se a alimentação complementar.
A introdução alimentar estabelecida com preparações em consistência pastosa figura entre as práticas tradicionalmente difundidas, mas tal questão tem sido alvo de debates. Nesse enquadramento, o método baby‑led weaning (BLW) — nomeado por Gill Rapley, autora da obra Baby‑led weaning: helping your baby to love good food — sugere que bebês a partir do sexto mês têm capacidade motora para guiarem a própria ingestão, e, por isso, os que exibem crescimento e desenvolvimento adequados são aptos a iniciarem o consumo de alimentos em pedaços, sendo desnecessárias alterações substanciais de consistência.
Segundo o marco teórico‑conceitual, esse método oferece oportunidades para as crianças escolherem os momentos em que as refeições serão iniciadas; o que será consumido, entre as opções saudáveis ofertadas pelos indivíduos cuidadores; o ritmo em que as refeições serão realizadas e a quantidade que será ingerida em cada uma das refeições.
Logo, os cuidadores atuam na alimentação em caráter intermediário pelo fato de disponibilizarem alimentos e proporciona‑ rem um ambiente agradável para que os bebês possam exercitar as habilidades motoras e, assim, conhecerem os mais variados alimentos, percebendo o ato de comer em toda a sua essência. Em suma, ofertar alimentos em pedaços representa um facilitador para a autoalimentação infantil, sendo esse encorajamento o ponto fundamental do método.
Elaborado por Julia Ew Frohlich
Estudante de Nutrição
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