Alimentação complementar

O Ministério da Saúde recomenda aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, e após esse período devem ser introduzidos gradualmente alimentos complementares. O intuito é complementar, e não substituir. Por essa razão, a criança deve seguir em aleitamento materno até os dois anos ou mais.

A alimentação complementar se faz necessária porque o leite materno após esse período não é mais suficiente para suprir sozinho todas as necessidades nutricionais.

No ano de 2002 a Organização Mundial da Saúde divulgou “Os dez passos para alimentação saudável para crianças menores de 2 anos”, preconizando atender de forma adequada à todas as necessidades nutricionais e de energia, com segurança higiênico-sanitária.

São eles:

Passo 1. “Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer chás, água ou qualquer outro alimento.”

Passo 2. “Ao completar seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.” Com exceção de lactentes que não podem ser amamentados, nestes casos a recomendação é introduzir alimentos após os quatro meses.

Passo 3. “Ao completar seis meses, oferecer alimentos complementares (como cereais, tubérculos, carnes, leguminosas e frutas) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.”

Passo 4. “A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.”

Passo 5. “A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com consistência pastosa e gradativamente aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.” Os alimentos devem ser amassados com garfo, nunca liquidificados ou peneirados. Isso faz com que o bebê sinta todos os gostos e diferencie os alimentos.

Passo 6. “Oferecer à criança diferentes alimentos por dia.” É importante salientar, que apesar de respeitar a aceitabilidade da criança, ela só poderá dizer que não gosta de determinado alimento após prová-lo pelo menos de oito formas diferentes. Muitas mães acabam desistindo, por não ter essa informação.

Passo 7. “Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.” Isso vai garantir uma alimentação variada e rica em todos os nutrientes.

Passo 8. “Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida e usar sal com moderação”. Além de não existir necessidade alguma desse tipo de alimento, a criança não sente vontade daquilo que ela não conhece.

Passo 9. “Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos. Garantir o seu armazenamento e conservação adequados”. O trato gastrintestinal ainda imaturo requer cuidados redobrados. A lavagem adequada das mãos, a utilização de água tratada nas preparações, não oferecer as sobras de alimentos das refeições anteriores, bem como armazenar corretamente a comida, evita contaminações e morbidades.

Passo 10. “Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação”. É importante que a criança doente se alimente mesmo com falta de apetite, para que não perca peso com seu gasto energético aumentado e melhore mais rápido. Sabendo de todos os benefícios do leite materno ao sistema imunológico, ele será também fundamental para a sua recuperação.

Elaborado pela estagiaria Natália Seger

Estagiária Nutris da Serra

Comente o que achou:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posso lhe ajudar?