Em clima de outubro rosa, vamos falar um pouco sobre uma das maiores causas de morbimortalidade do mundo todo: o câncer de mama.
Um dado alarmante, é que no Brasil hoje, ela é considerada a neoplasia maligna mais incidente entre as mulheres.
Muitas pesquisas são realizadas a fim de identificar os determinantes da doença. Sua epidemiologia, fatores de risco, etiologia, diagnóstico, e principalmente sua prevenção e tratamento.
Dentre os fatores de risco, destacam-se os aspectos ambientais, que incluem os fatores dietéticos. Estes representam 30% das causas de câncer de risco preveníveis. Superado apenas pelo tabaco!!!
Isso significa que, a origem e a prevenção do câncer de mama podem estar extremamente relacionadas a hábitos alimentares.
Então dados epidemiológicos e experimentais destacaram certos componentes de alimentos funcionais que tem uma função conhecida como “QUIMIOPREVENTIVA”.
Como o próprio nome sugere, descobriram que esses alimentos possuem uma ação no organismo capaz de controlar e até prevenir o câncer de mama.
Os alimentos funcionais exercem ação metabólica ou fisiológica que vão além do valor nutritivo proveniente de sua composição. Eles contribuem para a manutenção da saúde e diminuem o risco de doenças.
Os agentes quimiopreventivos que se destacam na abordagem do câncer de mama são:
Ômega 3: Evidências cientificas relacionam o desenvolvimento do câncer de mama com o consumo excessivo de gordura. Porém, é claro, vai depender o tipo de gordura. : Os ácidos graxos poliinsaturados são importantes constituintes da membrana celular. Estudos experimentais demonstraram que os ácidos graxos poliinsaturados (Ômega 3) incluindo os ácidos graxos a-linolênicos (Ômega 6), inibem a formação de câncer de mama, assim como as metástases.
A quantidade recomendada varia de acordo com a idade. Para mulheres adultas, 90mg/ dia. Gestantes 115 mg/ dia.
Alimentos ricos em ômega 3: Sardinha, arenque, salmão, sementes de chia e linhaça, nozes.
Ácido Linoléico Conjugado (CLA): O CLA vem sendo estudado, e foi reconhecido como um componente essencial para uma boa saúde. A sua atividade anticarcinogênica é evidente nas três fases: iniciação, promoção e progressão. Os seus possíveis mecanismos responsáveis pela inibição carcinogênica incluem: a redução da proliferação celular, alteração dos componentes do ciclo celular, e mediação na inibição da apoptose (morte
celular). Além de atuar no metabolismo lipídico e na expressão genética.
Alimentos ricos em CLA: Carnes vermelhas: vaca, carneiro, ovelha, porco e búfalo; leite integral, queijos, manteiga, iogurte integral, gema de ovo, frango e peru.
Fibras: Uma dieta rica em fibras está associada com a alteração da microbiota intestinal, atuando na excreção de estrogênio. A redução de estrogênio bioativo do sangue é um dos mecanismos de ação sugeridos para reduzir os riscos de câncer de mama.
Além disso, um constituinte das fibras, chamado “fitato” tem sua ação anticarcionegênese investigada, uma vez que há diversas evidências de seus efeitos biologicamente significantes, na tumorigênise reduzida.
A hipótese do aumento do consumo de fibras na redução do risco de câncer, precisa ser mais bem compreendida e testada.
Alimentos ricos em fibras: frutas, verduras, legumes, arroz integral, milho, grão de bico, frutas secas, farelo de trigo, aveia, gérmen de trigo e sementes de linhaça.
Vitaminas e Minerais: Ressaltamos entre os micronutrientes mais investigados pela ação quimiopreventivos, as vitaminas antioxidantes A, C e E, além do folato e do selênio.
As vitaminas e minerais agem como antioxidantes além de serem defensores contra as espécies reativas de oxigênio, que são responsáveis por danos ao DNA, regulação da diferenciação celular e, consequentemente, inibição do crescimento de células mamárias cancerígenas.
Alimentos ricos em vitamina A: fígado, gema de ovo, óleos de peixes. Além de vegetais como cenoura, espinafre, manga e mamão, que contém carotenoides (substância transformada em vitamina A pelo organismo)
Alimentos ricos em vitamina C: morango, laranja e limão, brócolis, pimentão amarelo cru, kiwi, goiaba vermelha, suco de tomate.
Alimentos ricos em vitamina E: sementes de girassol, avelãs, castanha do pará, amêndoas, nozes, amendoim, azeitonas.
Alimentos ricos em folato (vitamina B9): fígado, lentilhas, quiabo, feijão, espinafre cozido, soja verde cozido.
Alimentos ricos em selênio: castanha do pará, farinha de trigo, pão, gema de ovo, frango cozido.
Fitoquímicos: A abordagem dos fitoquímicos na prevenção da doença é bastante discutida. Considerando os relacionados à neoplasia mamária, podemos destacar os fitoestrógenos, sendo os mais amplamente investigados:isoflavona e lignanas.
Pesquisas experimentais e epidemiológicas sugerem que as isoflavonas exercem um papel protetor no desenvolvimento de tumores mamários.
As lignanas possuem atividade anticancerígena por sua forte ação antioxidante que ajuda a diminuir a inflamação e a proteger as células do organismo do efeito dos radicais livres.
Principais fontes fitoestrógenas: soja e linhaça.
A maior de todas as mobilizações é a prevenção. Compartilhe essa
publicação, e ajude outras mulheres!
Elaborado por Natália Seiger – Estagiário de Nutrição
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instagram: ftnati
2 respostas
Achei ótimo essas dicas de alimentação, obrigada por compartilharem conhecimento as nossas vidas.
Oiii, ficamos felizes em saber que estamos ajudando vocês. ????
Esse é o nosso propósito.
Beijos