“O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda manter o consumo diário de arroz e feijão na proporção de 2:1, respectivamente, o que torna tal combinação completa em aminoácidos essenciais. Aconselha também o resgate e a valorização da dieta tradicional brasileira, baseada em preparações combinadas de cereais e leguminosas (arroz e feijões), frutas, legumes e verduras.”
Aminoácidos:
Aminoácidos são as unidades básicas da composição de uma proteína. Em humanos saudáveis, nove aminoácidos são considerados essenciais, uma vez que não podem ser sintetizados endogenamente e, portanto, devem ser ingeridos por meio
da dieta. Dentre os aminoácidos essenciais, se incluem os três aminoácidos de cadeia ramificada (ACR), ou seja, leucina, valina e isoleucina.
Em indivíduos adultos, ACR são relevantes para a manutenção da proteína corporal além de serem fonte de nitrogênio para a síntese de alanina e glutamina. Além disso, ACR apresentam potenciais efeitos terapêuticos, uma vez que esses aminoácidos podem atenuar a perda de massa magra durante a redução de massa corporal; favorecer o processo de cicatrização; melhorar o balanço protéico muscular em indivíduos idosos; e propiciar efeitos benéficos no tratamento de patologias hepáticas e renais (Shimomura et al., 2006a; Tom, Nair, 2006).
Trechos do artigo “Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e exercício físico”.
https://www.scielo.br/j/rbcf/a/VBDDK7jfV9Gb7dDxk7s5Zdv/?lang=pt&format=pdf
O feijão com arroz na história:
Os escritores e historiadores dos primeiros anos de colonização do Brasil já citavam o feijão na dieta indígena. Sabe-se, porém, que a semente existe em diversos continentes. França, Mendes e Perrotta (2010, p. 4) afirmam que “os índios conheciam
essa leguminosa como comandá, sendo que a mistura com a farinha já existia no cardápio quando os portugueses por aqui chegaram”.
O feijão tem diversas variedades, no caso do feijão preto destaca-se a sua origem americana, para os que apreciaram pela primeira vez, fato ocorrido com os portugueses em 1587, foi considerado como muito saboroso (ELIAS, 2010). Pinto e
Silva (2014) reforça que a introdução do feijão com caldo como comida diária era prática lusitana sobreposta aos hábitos dos nativos brasileiros.
Historiadores e cientistas apontam o sudeste da Ásia como o local de origem do arroz, bem antes de qualquer evidência histórica, este provavelmente foi o principal alimento e a primeira planta cultivada na Ásia. No Brasil, as notícias sobre cultivo do
arroz remontam ao início da colonização (séc. XVI), em especial na Capitania de São Vicente. Mais tarde o produto se espalha por outras regiões do litoral e, especialmente, no nordeste brasileiro.
Em 1864, foi publicado o Manual da Cultura do Arroz pela Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, cujo objetivo principal foi divulgar informações sobre o alimento, em seu conteúdo Burlamaqui (1864, p. 5) pontua a importância do arroz para a alimentação dos povos, sendo item de nutrição quase exclusiva para numerosas populações. Assim, no decorrer da formação do hábito alimentar brasileiro, a presença de arroz (na maioria das vezes servidos com feijões) vem
confirmando sua permanência.
Trechos do artigo “FEIJOADA: origem e considerações acerca de um patrimônio cultural
imaterial”
http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistacontextos/wp-
content/uploads/2019/11/Artigo-2-1.pdf
Elaborado por Julia Ew Frohlich
Estudante de Nutrição
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