A palavra FODMAPs diz respeito a Fermentable Oligo- Di- Mono – Sacharides and Polyols, traduzindo-se, na prática, num grupo heterogêneo de hidratos de carbono (HC) de cadeia curta e polióis, altamente fermentáveis mas de baixa absorção.
Os FODMAPs englobam componentes muito diversos, baseando-se, fundamentalmente, nas suas características funcionais. Assim, estão incluídos: Oligossacarídeos (tais como fruto-oligossacarídeos – FOS; frutanos; galactooligossacarídeos (GOS); rafinose e inulina); Dissacarídeos (lactose); Monossacarídeos (frutose) e Polióis (como sorbitol, manitol, maltitol, xilitol, polidextrose e isomaltose, muitas vezes usados pela indústria alimentar como espessantes e adoçantes).
Quando ingeridos, os FODMAPs aumentam a carga osmótica ao nível do lúmen intestinal, particularmente no intestino delgado, o que se traduz em distensão, e paralelamente, por ação das bactérias do cólon dá-se a produção de gases, como o dióxido de carbono, metano e hidrogênio. Em indivíduos mais suscetíveis, esta estimulação local pode manifestar-se através de dor, distensão abdominal, flatulência e alterações da motilidade intestinal, conhecidamente como diarreia.
A dieta de baixo teor em FODMAPs deve ser sempre realizada em contexto clínico, com o devido acompanhamento por parte de um Nutricionista. Neste sentido, a implementação desta dieta deve ter por base três etapas principais: a restrição de alimentos ricos em FODMAPs, a reintrodução destes e, por último a seleção daqueles que podem ser mantidos no plano alimentar do paciente, de forma regular.
De um modo geral, e de acordo com estudos clínicos randomizados, a fase inicial de restrição dura, em média 6 semanas, podendo chegar à 8 semanas. No entanto, um período de tempo tão alargado poderá induzir alterações a nível da microbiota intestinal, logo, o recomendado é estabelecer um período de 4 semanas.
A etapa seguinte é a da reintrodução dos FODMAPs na alimentação diária, de modo a conseguir identificar quais os alimentos consumidos aumentarão a sintomatologia. Assim, a abordagem mais recorrente é iniciar a reintrodução ao fim de 4-12 semanas.
Por último, a fase da personalização tem como objetivo aumentar a variedade de alimentos presentes na alimentação diária, sem que ocorra um novo aumento da sintomatologia. Assim, devem-se incluir todos os alimentos que não induziram sintomas durante a fase de reintrodução, de acordo com a tolerância pessoal. Pretende-se que a alimentação seja menos restritiva, seguindo os conceitos de uma alimentação equilibrada, de modo a que não existam défices nutricionais nem comprometimentos no dia-a-dia do paciente.
Elaborado por Nutricionista Bruna Champe CRN-12657
Contatos
email: [email protected]
instagram: nutribruna_champe
Whatsapp: 54- 9 91970870